terça-feira, 4 de setembro de 2007

Existencialismo e a Paixão

A paixão é um sentimento de ampliação do amor. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio. Pode-se dizer também que paixão é algo muito mais passageiro, que após a paixão, vem o amor, que é um sentimento muito mais forte e duradouro. O existencialismo não acredita no poder da paixão. Ele jamais admitirá que uma bela paixão é uma corrente devastadora que conduz o homem, fatalmente, a determinados atos, e que, conseqüentemente, é uma desculpa. Ele considera que o homem é responsável por sua paixão. O homem faz-se a si próprio, é livre: tem total liberdade para escolher o que se torna, é responsável por sua paixão. Assim, não há nada que justifique seus atos. O homem está desamparado, condenado à sua própria escolha. E se escolher se apaixonar e sofrer terá que tolerar as conseqüências dessa sua escolha. Cada indivíduo faz seu futuro da sua maneira; ele escolhe aquilo que quer passar durante sua vida.

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