
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Existencialismo e a Paixão

Educação

segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Ciência e Existencialismo

Durante a metade do século XIX, filósofos quiseram estudar a natureza humana, aplicando métodos científicos para a observação, registro e tratamento do comportamento humano. Eles criaram que se o ser humano pudesse ser estudado sob uma perspectiva comprovadamente científica, sem dúvida teríamos uma fórmula precisa para entender o comportamento presente, predizer o comportamento futuro e alterar os possíveis desvios provenientes da utilização de ferramentas científicas. Poderiam ser utilizadas a psicologia, em seu maior expoente e a psicoterapia que tem-se engajado em uma postura científica. A última é a que mais se relaciona com o existencialismo, principalmente no seu ramo de Psicoterapia Existencial, ou seja, investigação do indivíduo na busca de lhe fazer sobressair ou revelar, livremente, o que nele há de individual, particular, único e concreto; é a busca de sua auto-expressão mais autêntica e do compromisso sincero com as próprias escolhas existenciais. Na visão de Rollo May (psicólogo existencialista), os dois estudos analisam os indivíduos em crise. A proposta básica é a de buscar a verdade por pior que seja, pois a verdade sempre deixa o sujeito mais sólido e íntegro.
A verdadeira ciência defende que o estudo, a tecnologia e a inovação são recursos indispensáveis para o desenvolvimento, pois ela habilita as pessoas para o uso de conhecimentos científicos básicos para compreender e tomar decisões a respeito do mundo natural, além disso, as capacita a reconhecer questões científicas, usar evidências e chegar a conclusões de tipo científico, no entanto, o homem não pode chegar a conclusões universais, pois cada indivíduo é diferente do outro, assim possui atitudes diferentes e tem liberdade para tal. Não é através de evidências que o homem chegará a reais definições, mas através do estudo profundo de cada ser individualmente. A evolução tecnológica, por exemplo, não é nada mais do que escolhas de homens que fizeram para si o que lhes parecia interessante, o que ocasionou na evolução de toda sociedade, mas, ainda assim, partiu de escolhas individuais.
domingo, 2 de setembro de 2007
Comportamentos Humanos sob visão Existencialista

Existencialismo e Deus
O Existencialismo e a Liberdade

A Liberdade relaciona-se sempre com a Ação, está ligada à conduta do Homem. Uma ação livre é uma ação consciente e responsável, em que o agente pode responder, ou seja, ser responsabilizado pela ação que comete. Daqui pode deduzir-se que a Liberdade e a Responsabilidade estabelecem uma relação direta, na medida em que quanto mais livre se é, mais responsável se é, e o inverso também se verifica. A Liberdade é uma característica antropológica fundamental, visto estar ligada à aparição do Homem na Terra. A realidade humana nasce de uma tomada de consciência, o que nos leva a crer que a nossa Liberdade tem o seu lugar na nossa consciência. Pode assim afirmar-se que o espaço da Liberdade é um espaço mental. Nós, à medida que vamos crescendo e evoluindo enquanto indivíduos e seres humanos, vamos ganhando consciência da nossa Liberdade. Além disso, também vamos evoluindo e construindo a nossa Moral, vamos clarificando, ao longo da nossa vida, o que é certo ou errado, o que é o certo ou errado, o que é o bem e o mal. Sendo assim, a Moral não é possível sem a Liberdade, porque sem Moral não podemos fazer opções, e se não podemos optar então é porque não somos livres. A Moral ocupa-se da nossa Liberdade.
DETERMINISMO X EXISTENCIALISMO
- Espinosa acredita que Deus existe e que tudo é natureza de Deus, Sartre não crê na existência de uma entidade superior e exterior ao ser senão aquilo que ela determina; no entanto, Sartre afirma que, pelo facto de não existir Deus, o homem está condenado a criar-se a si próprio, é ele que decide ser como ele deseja ser.
- Espinosa acredita que nos regemos pelas leis da natureza e que o único fim desta é o de autoconservar-se. Sendo assim, ele acredita que a “ natureza humana” existe, sempre existiu e sempre existirá (é a essência do homem). Sartre porém, não acredita nas existências de leis exteriores ao próprio homem, e, por isso, afirma que antes de o homem existir não existe “realidade” ou “natureza humana” (daí o principio a essência precede a existência), pois esta não é nada antes de o homem existir. Com efeito, o homem tem de criar-se a si próprio e ser responsável pela sua criação, não podendo furtar-se a essa responsabilidade, desculpando-se com a “natureza humana”.
- No que respeita aos valores do Bem e do Mal, Espinosa considera que o Bem visa a autoconservação do ser e é útil à razão, e o Mal é o que prejudica essa autoconservação e nos impede de compreender. Para Sartre, nenhum valor é eterno e universal; cada homem cria esses valores para si.
- A plenitude da liberdade humana, segundo Espinosa, é atingida através do conhecimento de Deus, na compreensão das emoções e da consequente libertação da acção destas; Sartre, ao invés, acredita no livre arbítrio (liberdade de escolha), que a liberdade é o fundamento de todos os valores e que o homem não tem outra alternativa senão ser livre e procurar e usar essa liberdade.
- Espinosa pensa que os actos do homem são determinados por causas exteriores a ele, que escapam ao seu controlo, e só se liberta quando compreender e aceitar as coisas tal como elas são. Para Sartre, o homem é obrigado a fazer escolhas, precisamente por não existirem leis que ditem o que ele vai ser e como terá de agir.
- Enquanto Espinosa defende que é a razão que nos guia e, por isso mesmo, defende a liberdade de pensamento, Sartre considera que é através da ação que a liberdade se exprime.